sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Vereadores presos em Caruaru teriam pedido R$ 2 milhões para aprovar empréstimo

A principal linha de investigação da Polícia Civil na operação Ponto Final é que os vereadores de Caruaru teriam exigido R$ 2 milhões do poder Executivo municipal para aprovar o empréstimo de R$ 250 milhões junto à Caixa Econômica Federal, para a construção do Bus Rapid Transit (BRT), ligando os bairros das Bandeiras e Alto do Moura. Esse projeto acabou sendo aprovado na Câmara na última terça-feira (17), com 17 votos favoráveis.

O gestor geral da Polícia Civil, Osvaldo Morais, exalta que com a identificação dos participantes do esquema e a prisão de todos eles, a Câmara Municipal da cidade voltará as suas atividades, "A câmara estava parada, pois os acusados exigiam do Executivo propina para aprovar os projetos de lei, e enquanto não houvesse o pagamento, nenhuma proposta seria ratificada", declarou.

A investigação está em andamento há seis meses e teve início com denúncias de que vereadores da base governista e da oposição exigiam a quantia para ser dividida. De acordo com o delegado da Gerência de Controle Operacional do Interior 1, Erick Lessa, responsável pela investigação, os vereadores teriam atentado para a exigência após verificar o valor do empréstimo. O projeto entrou em pauta na câmara no dia 27 de agosto e dois dias após foi retirado da pauta por conta das exigências, e as investigações em trâmite apontou que esses indivíduos estavam veementemente cobrando os valores.

O último momento foi na última terça, quando o projeto entrou em votação, onde em todo esse período os parlamentares acusados cobrava do Executivo. Mas o delegado salienta que em nenhum momento a Gestão Executiva realizou o pagamento da propina, e que repudiava este tipo de contexto. Ainda segundo o delegado, o esquema funcionava desde junho deste ano, mas é possível que a prática de corrupção existia anteriormente.

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Fonte: FOLHA-PE / PE NEWS

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